sexta-feira, 27 de abril de 2012

Bicho da nossa terra - Cobras

Das cobras venenosas encontradas no Brasil, são as corais que têm o veneno mais letal, mas apesar disso provocam apenas 1% dos acidentes ofídicos. A liderança nessa estatística macabra pertence às jararacas (80% dos casos de picadas), porém cabe a cascavel, que não é agressiva, pois costuma fugir quando é percebida, a liderança entre as maiores matadoras, mesmo participando com apenas 8% no cômputo geral dos acidentados, porque o seu veneno causa graves problemas renais.

Por Ilca Yasmin e Talissa Lopes


Corais

São cobras de pequeno porte, facilmente reconhecidas por seu colorido vivo, mas não apresentam o comportamento de ataque.

Há corais VENENOSAS e não-peçonhentas, mas o reconhecimento é difícil podendo ser realizado pelo exame minucioso dos anéis. As peçonhentas de forma geral possuem anéis completos em volta do corpo e as não-peçonhentas possuem anéis apenas na parte dorsal, o ventre não possui os anéis característicos.

As cobras-coral existem na América do Sul, América Central e sul dos Estados Unidos da América.

A cobra coral é tão peçonhenta quanto uma naja. A peçonha atinge o sistema nervoso, causando dormência na área da picada, problemas respiratórios, caimento das pálpebras e pode matar a pessoa adulta em poucas horas.

As presas das cobras-coral são pequenas. Os acidentes ocorrem com pessoas que não tomam as devidas precauções ao transitar pelos locais que possuem serpentes.

A cobra coral tem hábito noturno e vive sob folhas, galhos, pedras, buracos, ou dentro de troncos em decomposição. Para se defender, geralmente levanta a sua cauda, enganando o ameaçador com sua forte coloração, e este pensando que é a cabeça da cobra, foge para não ser atacado.

As atividades diurnas estão ligadas às buscas para reprodução e a maior necessidade de aquecimento que as fêmeas grávidas apresentam. Após o acasalamento a fêmea posta de 3 a 18 ovos, que em condições propícias irão abrir após uns 90 dias. Dada a capacidade de armazenar os espermas do macho, a fêmea pode realizar várias posturas antes de uma nova cópula.


Jararacas

A jararaca é o bicho mais comum aqui no Brasil, ocorrendo desde Salvador/BA até o Rio Grande do Sul, podendo alcançar mais de 1m de comprimento. Vive em campos, bosques e, sobretudo campos cultivados, onde existe grande número de roedores, que constituem sua alimentação.

É  muito perigosa, mas geralmente foge assim que avistada. A jararaca possui desenhos que lhe proporcionam uma excelente camuflagem, sendo difícil a visualização do animal, mesmo para olhos experientes.


Cascavéis

As cascavéis são perigosas, mas não agressivas, fugindo rapidamente quando avistadas. Possui um chocalho na extremidade da cauda, facilitando seu reconhecimento. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o número de anéis no chocalho da cascavel, não representa sua idade. Cada vez que o animal muda de pele, o que ocorre de 2 a 4 vezes por ano, ele acrescenta um novo anel no chocalho.

Diferente de seus parentes na América do Norte, que possuem em seus venenos propriedades proteolíticas (necrosantes), a nossa Cascavel possui veneno neurotóxico (que atua no sistema nervoso), fazendo com que a vítima tenha dificuldades de locomoção e respiração.

Ela pode ser descrita como uma cobra grossa de cabeça pequena, podendo alcançar 1,5m, em média. Sua cor é pardo-escura, tendo no dorso uma série de losangos que se alternam com outros dispositivos lateralmente. Vive preferentemente em áreas pedregosas e abertas dos campos e regiões secas - evitando as florestas - e apesar de ser muito comum nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, não é encontrada no litoral nem na Amazônia. Seu ciclo reprodutivo ocorre no período que vai de novembro a fevereiro, e em cada um deles nascem entre 16 e 24 filhotes. Como são animais vivíparos, seus filhos nascem já inteiramente desenvolvidos, venenosos e capazes de iniciar uma vida inteiramente independente.

A cascavel tem hábito crespuscular e noturno e alimenta-se de pequenos roedores.

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