terça-feira, 5 de junho de 2012

Meio ambiente - Lixão de Jardim Gramacho foi fechado no Rio de Janeiro

Após 34 anos de funcionamento do maior lixão a céu aberto da América Latina, Gramacho, enfim, foi fechado. 

"A gente passou os últimos 30 e poucos anos cometendo um enorme crime ambiental, que era esse lixão às margens da Baía de Guanabara", disse Eduardo Paes, prefeito do Rio. O prefeito afirmou que o Rio vai aplicar dois bilhões de reais nos próximos 15 anos para tratar os resíduos sólidos. Por esse mesmo período, a empresa Novo Gramacho explorará o gás metano produzido no lixão, que será vendido para a Reduc, a refinaria de Duque de Caxias. A empresa terá de investir a quantia de 20 milhões no bairro onde, por três décadas, ficou a montanha de dejetos mais conhecida do pais.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esteve presente e disse ter por objetivo que o fechamento de Gramacho seja modelo para todo o país. Citando a meta do Estado do Rio de fechar todos os aterros no entorno da Baía de Guanabara até o fim do ano, a ministra disse que está lançado o "desafio de o Estado do Rio de Janeiro ser o primeiro a cumprir a Política Nacional de Resíduos Sólidos". A meta do governo federal é de eliminar os lixões até 2014.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos foi instituída pela Lei 12.305, de 2010.

A ministra também lembrou que a responsabilidade de erradicação dos lixões é dos municípios. O governo federal tem atuado no financiamento de iniciativas locais de adequação à lei. "Além disso, entre o fim deste ano e o começo de 2013 implantaremos, a estrutura de logística reversa", completou Izabella.

Uma das saídas encontradas pelo governo federal para aumentar os índices de reciclagem é o estímulo a logística reversa. Essa política será implantada nas cadeias de embalagens, de óleo lubrificante, eletroeletrônicos, lâmpadas e descarte de medicamentos. Através de contratos com o governo, fabricante, importadores, comerciantes e distribuidores passarão a cuidar da etapa final do seu produto, que é quando ele vira lixo.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, ao fechar o aterro e construir o Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica, o Rio dá exemplo.

Fechamento do lixão de Gramacho

Gramacho implicou o fim do trabalho de 1.800 catadores
de materiais recicláveis, que atuavam em condições
sub-humanas.

Catadores no lixão de Gramacho; porcos, urubus e lixo
se misturam aos catadores de materiais recicláveis.

Catador de materiais recicláveis, no lixão de Gramacho,
no Rio de Janeiro. Prefeitura vai indenizar 1.719 catadores.

Cavalos comem lixo no aterro de Gramacho; lixão foi 
desativado na sexta (01 de junho).

Considerado o maior lixão da América Latina, Gramacho
foi desativado na sexta (01 de junho) sem uma avaliação
que aponte o real tamanho da sua contaminação ambiental.

O aterro recebeu ao menos 70 milhões de toneladas
de lixo sem qualquer proteção.

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