segunda-feira, 22 de outubro de 2012

GRUPO DE ESTUDOS - As cidades da Idade Média

Nos primeiros séculos da Idade Média, as cidades eram geralmente pequenas, com poucos moradores, que viviam, sobretudo, do trabalho no campo. A vida no campo tinha mais importância do que a vida urbana.
No entanto, a partir do século XI, com o aumento do artesanato e do comércio, as cidades cresceram e outras surgiram. Algumas nasceram ao redor das feiras; outras, às margens de rios, e outras ainda em torno do castelo de um nobre, como Carcassone, na França.

Cidade de Carcassone, na França, conserva ainda as antigas
muralhas, bem como o castelo em torno do qual se
desenvolveu.

Grande parte das cidades medievais se localizava nas terras de um conde, duque ou bispo, a quem os moradores tinham de pagar impostos e prestar serviços gratuitos, como consertar estradas e pontes. Para se libertar desse controle e obter sua autonomia, os habitantes das cidades uniam seus esforços e compravam a carta de franquia, documento pelo qual eles próprios passavam a administrar a cidade. Com essa carta em mãos, eles elegiam representantes, que eram, geralmente, comerciantes ou banqueiros.
Os comerciantes, banqueiros e artesãos viviam geralmente numa área afastada do centro da cidade, o burgo, e compunham um grupo chamado de burguesia. Mais tarde, esse termo passou a ser usado, sobretudo, para designar os homens ricos.
Nas cidades medievais, a pessoa só podia trabalhar se pertencesse a uma corporação, isto é, a uma associação de profissionais do mesmo ramo de atividade. Os artesãos formavam as corporações de ofício: a corporação dos sapateiros, a dos tecelões, a dos ferreiros etc. Cada corporação controlava o preço, a qualidade e a quantidade do que ia ser produzido e estabelecia as regras para o ingresso na profissão. Além disso, amparava os profissionais idosos, inválidos ou doentes.
O artesão começava a vida como aprendiz, trabalhando na oficina de um mestre em troca de alimentação, roupa e moradia; depois de algum tempo, fazia uma prova prática e, uma vez aprovado, tornava-se oficial. O oficial recebia um pagamento em dinheiro por seus serviços e, depois de cerca de sete anos de trabalho, fazia outra prova: tinha de apresentar um produto feito por ele que fosse considerado uma obra-prima; se fosse aprovado, e tivesse juntado dinheiro para abrir uma oficina própria, passava a ser um mestre.
Os comerciantes também tinham suas corporações, que reuniam profissionais de diversas cidades da Europa e eram chamadas de ligas. A mais rica delas, a Liga Hanseática, possuía numerosos navios e chegou a dominar o comércio no norte da Europa. O objetivo da liga era liderar o comércio em determinada área e evitar a concorrência entre seus membros.

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